escoliose do adulto

Escoliose do Adulto

A escoliose é identificada quando há uma rotação das vértebras, culminando em alterações de todos os planos da coluna e apresentando curvatura superior a 10°. 

Quando vista de cima para baixo, as vértebras envolvidas na escoliose estão rodadas em relação umas com as outras. Isso pode causar, além de rotação da coluna, deformidades das costelas, tórax, cintura escapular e pelve.  

Sua causa não é bem definida, mas já se sabe que componentes do disco intervertebral, grupos musculares, além de fatores genéticos e degenerativos estão envolvidos. 

Quando a escoliose acontece na fase adulta, chamamos de escoliose degenerativa do adulto. 

Como ocorre a escoliose do adulto? 

Os discos intervertebrais servem como amortecedores entre as vértebras, sustentando e controlando os movimentos da coluna, juntamente com as facetas articulares. O desgaste dessas estruturas leva a uma instabilidade focal ou global da coluna, o que pode gerar a curvatura da escoliose.  

Os discos intervertebrais perdem a irrigação sanguínea normal e, quando doentes, ficam desidratados e rígidos. Esta patologia é chamada de Discopatia Degenerativa do Disco Intervertebral (degeneração discal ou discopatia discal).  

Esta degeneração do tecido leva ao rompimento do anel fibroso, formando protrusões e hérnias de disco (hérnia discal ou protrusão discal). Frequentemente há o fechamento (estenose) dos forames de conjugação por onde passam as raízes dos nervos, levando a dores irradiadas para os membros inferiores (dor ciática).  

Juntamente com a escoliose degenerativa são observados outros eventos concomitantes, como perda da lordose (retificação da lordose lombar), rotação axial, listese lateral, espondilolistese, claudicação intermitente (dificuldade em caminhar curtas distâncias), hipertrofia das facetas e estreitamento do canal vertebral.  

Nos casos de escoliose degenerativa, começamos a notar a curvatura da coluna vertebral, geralmente, após os 50 anos, podendo manter-se assintomática por muito tempo.  

Sintomas da escoliose do adulto 

A dor nas costas (lombalgia) é um dos sintomas mais relacionados à escoliose degenerativa. Neste caso as articulações (discos intervertebrais e facetas) passam a trabalhar de forma não harmônica, gerando movimentos descontrolados da coluna que, por consequência, sobrecarregam os músculos e geram dor.  

O disco doente também é fonte de dor, pois pode estar em um processo inflamatório ou ter rompido seu anel exterior. Este processo doloroso é conhecido como Dor Discogênica (DDD). 

No entanto, um dos principais componentes da incapacidade física decorrente da escoliose do adulto, são as dores irradiadas (dor ciática) para os membros inferiores (pernas e pés). 

Isso ocorre porque com o estreitamento do espaço por onde passam os nervos (estenose de canal ou estenose foraminal), a pessoa pode não conseguir andar sem ter que parar e descansar um pouco (Claudicação), sentindo dificuldade em caminhar médias distâncias ou ficar em pé durante certo tempo.  

O alívio normalmente se dá quando se curva para frente como, por exemplo, quando apoiado em um carrinho de supermercado ou auxiliado por um andador.  

Esta restrição da caminhada causada pelo pinçamento de nervos é chamada Claudicação Intermitente ou Claudicação Neurogênica.  

Além disso, é possível sentir fadiga muscular em forma de queimação, visto que existe um importante desequilíbrio na utilização dos músculos das costas, abdômen e pernas.  

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico e a avaliação da escoliose degenerativa do adulto são feitos por exames de imagem (RX, ressonância magnética e/ou tomografia computadorizada).  

No entanto, os sintomas são sempre mais importantes do que os achados radiológicos, pois  definirão a conduta de indicação de tratamento conservador ou cirúrgico.  

O exame clínico durante consulta com um especialista de coluna é essencial para diagnosticar a existência da escoliose e qual a sua influência no quadro clínico do paciente.  

Qual tratamento para escoliose do adulto? 

Mesmo existindo a curvatura, se a pessoa não tem sintomas advindos da coluna, não é necessária cirurgia.  

No entanto, quando existem sintomas, eles devem ser tratados com medicamentos ou com programas de tratamento conservador, tais como fisioterapia e hidroginástica (tratamento não cirúrgico).  

O acompanhamento clínico deve ser contínuo e toda musculatura envolvida na estabilização da coluna necessita estar constantemente ativa e fortalecida com exercícios específicos.  

Quando optar por tratamentos cirúrgicos? 

Caso o paciente não alcance alívio dos sintomas em 6 meses de tratamento conservador, a opção cirúrgica pode ser avaliada para correção da curva e descompressão dos nervos.  

Geralmente não existe a necessidade de correção total da curvatura para que o paciente sinta melhora em seu quadro. A simples retirada dos discos intervertebrais, com descompressão dos nervos e correção parcial, através de fusão da coluna lombar (artrodese), já costuma ser o suficiente para melhorar a qualidade de vida do paciente.  

Quando se opta por tratamento cirúrgico, existem diferentes abordagens que podem ser utilizadas no tratamento, desde as tradicionais e abertas, até opções minimamente invasivas.  

Dentre as contraindicações da técnica tradicional aberta para a população idosa, estão as grandes incisões que levam a um elevado sangramento intraoperatório, necessitando transfusões de sangue e longas internações, além de retardar a recuperação pós-operatória.  

Dentre os tratamentos minimamente invasivos para a escoliose degenerativa temos o acesso lateral (XLIF). Sua abordagem é feita pela lateral do corpo e, por não violar a musculatura posterior da coluna e manter intactos os ligamentos e tecidos adjacentes, a técnica fornece correções mais estáveis, por meio de menores incisões, gerando menos sangramento. 

A recuperação lenta associada às antigas técnicas foi minimizada, enquanto os resultados clínicos foram maximizados, possibilitando aos pacientes com escoliose de adulto uma nova chance de reconquistar sua qualidade de vida. 

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